sexta-feira, 3 de novembro de 2023

Vítima denuncia Hospital de Tutoia por maus tratos em trabalho de parto, mas a direção do hospital em vez de investigar, chama a vitima de mentirosa.

Mariana denuncia violência obstétrica no Hospital de Tutoia.

Violência Obstétrica

A violência obstétrica é um tipo de violência contra a mulher, praticada pelos profissionais da saúde, que se caracteriza pelo desrespeito, abusos e maus-tratos durante a gestação e/ou no momento do parto, seja de forma psicológica ou física. Causa a perda da autonomia e capacidade das mulheres de decidir livremente sobre seus corpos e sexualidade, impactando negativamente na qualidade de vida das mulheres. É o tratamento desumanizado conferido às mulheres no parto.


          

 Ontem, 02/11, no município de Tutoia no estado do Maranhão um vídeo publicado pelo  vereador de Tutoia Jefferson Menezes  na sua página no Instagram onde uma mulher que se identifica no vídeo como Mariana narrou momentos de terror que sofreu quando estava em trabalho de parto no dia 12 de setembro deste ano às 17:15 h no Hospital Municipal de Tutoia, Lucas Veras. A denúncia feita pela vítima está repercutindo negativamente para o prefeito de Tutoia Diringa Baquil que nomeou como secretário de Saúde seu sobrinho Alexandre Baquil.  

A denúncia de feita por Mariana desencadeou dezenas de outras denuncias de mulheres que se dizem ter passado por situação semelhante.

O blog Jr Maranhão, fez algumas pesquisas em páginas que publicaram o vídeo e os relatos através de comentários na publicação são estarrecedores. São relatos de mulheres que sofreram vários tipos de violência por enfermeiras no Hospital Lucas Veras em Tutoia.

Mariana diz que foi agredida verbalmente e fisicamente por duas enfermeira na sala de parto. 

Veja os relatos:

“Meu nome é Mariana, estou aqui para relatar a experiência do meu parto, no hospital municipal Lucas Veras de Tutoia. Então, tenho traumas, tenho sequelas desse dia. Escrevam o nome dessas enfermeiras, anote, Alderina e Graça.

Fui maltratada pelas duas na sala de parto. No dia do meu parto, não tive acompanhante, barraram o pai dos meus filhos, barraram minha irmã, simplesmente não deixaram entrar. 

Fui maltratada na sala, mandaram eu calar minha boca, colocaram o pano na minha boca, simplesmente por eu estar sentindo dores na hora de parir ....... foram super arrogante, ignorante ambas, bateram na minha perna, uma delas. 

Foram muito agressivas, perguntando se eu nunca tinha parido, pois eu estava fazendo aquele escândalo, gritando por eu estar sentindo dor, gritando, tendo um bebe. Então,  finalmente meu filho nasceu no meio de uma arrogância, não tive contato com ele, não pude ver ele, não pude tocar nele direito, colocaram na minha barriga e tiraram.

 Tiraram a placenta com a maior agressividade, isso mesmo, infelizmente.

 Eu pedi que elas tivessem um pouco de mais de calma, me tratassem um pouco melhor, mas puxaram a placenta com toda agressividade sem se importar se eu estava sentindo dor, se eu tava morrendo ou não, simplesmente puxou com toda agressividade do mundo. A outra do meu lado mandando eu calar a boca e continua colocando o pano na minha boca. Eu falei assim: não é você que está sentindo dor, ...... 

....Entregaram meu filho com um arranhão na mão, arranharam a mãozinha dele com a unha delas, não sei qual foi, ... Que tipo de enfermeiras são essas que estão exercendo nesse hospital? Alguém me explica? Isso é inadmissível... Foi pra sala de observação e todas relataram que passaram o mesmo por elas.... Essas duas não deviam nem está trabalhando nesse hospital, anota esses nomes: Aderina e Graça, espero que sejam demitidas e pague pelo que fez.” Estes foram os relatos da vítima, Mariana.

Logo após a repercussão da denúncia, a direção do Hospital Lucas Veras publicou uma nota de repudio nas reses sociais. A nota classifica as denuncias como Fake News, também cita o vereador que publicou o vídeo.

É estranho o comportamento do prefeito de Tutoia Diringa Baquil que não se posicionou sobre o caso; é estranho que o Secretário de saúde não ter se posicionado sobre o caso, mas, é mais estranho ainda, a direção do hospital emitir uma nota de repudio, sem abrir sindicância, sem investigar, pelo contrário, tomou partido de imediato, chamando a vítima de mentirosa, é no mínimo uma falta de sensibilização e respeito pelas pessoas que procuram o hospital para ser bem servidas.

Acompanharemos o desfecho desse caso, aliás, de outros casos também que estão chegando em nossa redação em relação a gestão do município de Tutoia.



A seguir:

 vídeo e outras denúncias feitas atrás de comentários na postagem do blogueiro Humberto Ruy de Tutoia. 




Os relatos a seguir dão força e credibilidade aos relatos da Mariana

  
































   

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